Ligo o saco de risadas e sonoras gargalhadas no Anhangabaú de Paulicéias desvairadas e perversões e patologias da vida cotidiana ressaltadas pelo traço satírico-grotesco do nosso George Grozs. Advirto: Caco Galhardo é um perueiro perigoso porque espalha cacos de humos cáustico, é um chorume que deságua pescoçudos na barragem Billings, nos motéis, nas vernissages dos jardins e enche de lixão a batalha naval do Pirajussara. Verifique o chassis antes de comprar este carro que me cheira a uma remontagem do Simplissimus 1920 de George Grosz que fustigava o espelho de vida do burguês alemão. Achei a barra de direção, a caixa de marchas e o carburador suspeitos porque viciam. O livro de tiras de Caco Galhardo é um veículo envenenado e que não dá enguiço, além de nos oferecer de cara logo no título uma vantagem adicional bem no gênero cartomante: a decifração gratuita do nosso genoma’. – Waly Salomão